Portando luvas, máscaras e roupas adequadas para o manuseio dos produtos, 129 alunos, divididos em grupos de 30, frequentam as aulas de panificação duas vezes por semana. “Os alunos têm aulas práticas e teóricas. Nas aulas teóricas, eles recebem apostilas e receitas para terem uma base antes de praticarem. Nas práticas, aprendem a fazer pãezinhos, tortas e outros produtos que podem ser encontrados em padarias. Tudo que é fabricado aqui é doado para os próprios alunos. Por aula, em média, 250 pães são produzidos, isso graças à prefeitura, que fornece todo material, desde máquinas a ingredientes necessários para fabricação”, destacou a chefe da padaria, Maria Marta Rodrigues.
Os alunos que participam do projeto são selecionados por assistentes sociais do Cras, onde eles são atendidos. É este profissional que pode fazer um diagnóstico do cidadão, pois o projeto prioriza famílias que são beneficiadas por algum programa social do governo e a renda mensal também é avaliada. Além disso, a idade mínima é de 16 anos. “Nós observamos o perfil de cada pessoa, fazemos uma análise para que o maior número de pessoas possa ser beneficiado com o curso”, ressaltou a assistente social, Elaine Jardim.
O projeto Padaria Escola é realizado desde 2009 e objetiva capacitar pessoas para o mercado de trabalho, além de oferecer condições de aprendizagem que serão úteis em seu sustento. Os alunos do curso, que dura aproximadamente nove meses, tornam-se independentes até mesmo para estabelecer o seu próprio negócio. Neida Lúcia Batista, de 46 anos, já sabe o que vai fazer quando concluir.
- Minha intenção é montar minha padaria e esse curso vai ser muito útil, pois está me dando a oportunidade de aprender muita coisa - disse a aluna, empolgada com o projeto.
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