sábado, 19 de novembro de 2011

Explora��o em terras profundas: quase um pr�-sal

CRIX�S (GO). A sul-africana AngloGold Ashanti se prepara para extrair ouro de uma profundidade de nada menos que 2.500 metros no munic�pio de Nova Lima, em Minas Gerais. Ou seja, uma esp�cie de "pr�-sal" da minera��o. Esta � a mina mais profunda de que se tem not�cia no pa�s e estava fechada h� anos por falta de tecnologia capaz de torn�-la rent�vel novamente. Na m�dia, as minas em opera��o no pa�s t�m at� mil metros.

Um sistema de ventila��o sofisticado garante a refrigera��o dos t�neis de outra mina da empresa, a Cuiab�, em Sabar� (MG), atualmente a mais profunda em opera��o no pa�s, com 1.100 metros de profundidade. Sem o equipamento, que exigiu a instala��o de uma planta especial ao lado do campo de explora��o, dificilmente os funcion�rios da mineradora teriam condi��es de se manter trabalhando ali por tanto tempo.

O ritmo das m�quinas dentro dos t�neis � incessante. Equipamentos gigantescos se movem pelas pistas largas como se estivessem ao n�vel do mar. Ao longo de todo o trajeto, o ar � refrigerado e equipamentos de seguran�a e comunica��o se espalham pelos buracos, que s�o entrecortados por rotas de sa�da. Toda esta estrutura tamb�m exige tecnologia especial.

Em Riacho dos Machados e Porteirinha, no Norte de Minas Gerais, a canadense Carpathian $a licen�a ambiental que a autorizar� buscar ouro em mina que j� havia sido explorada e encerrada pela Vale, de 1990 a 1997. A empresa estrangeira adquiriu os direitos de explora��o na regi�o em 2008 e deve gastar US$ 160 milh�es para implantar f�brica.

A ideia � usar uma nova tecnologia de beneficiamento do mineral que permita ir al�m das camadas superficiais atingidas no passado pela Vale. O fim da opera��o em Riacho dos Machados coincidiu com a privatiza��o da empresa e com pre�os pouco atraentes do ouro.

A partir de 2013, ter�o in�cio novos projetos em Serra Pelada, que ficou conhecida nos anos 80 pelos formigueiros humanos que atra�a para o garimpo, que no auge da produ��o reuniu cerca de 130 mil trabalhadores. O projeto � da Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), parceria entre a Coomigasp e a canadense Colossus. O investimento � de R$ 320 milh�es at� o in�cio da produ��o, em 2013.

Em outra iniciativa na regi�o, tr�s sindicatos e associa��es de trabalhadores se uniram � chinesa Shanghai Pengxin. O grupo est� em fase de pesquisas, mas espera produzir em breve, segundo o presidente da Cooperativa de Minera��o, Desenvolvimento Social e Agromineral dos Garimpeiros de Serra Pelada (Cooperserra), Raimundo Benigno.

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