sexta-feira, 24 de junho de 2011

Há 128 anos, Campos era 1ª cidade em luz elétrica na América do sul


A energia elétrica chegou ao Brasil primeiro para fornecimento de iluminação pública, mais eficiente do que as anteriormente adotadas, como gás ou querosene, em um período histórico que o País fazia parte do grupo de pioneiros mundiais na aplicação de energia elétrica. Isso foi graças ao interesse do imperador Dom Pedro II, um entusiasta da ciência, pela nova tecnologia surgida depois da chamada Segunda Revolução Industrial, quando a eletricidade se firmou como principal fonte energética, em detrimento das máquinas a vapor.
 D. Pedro II permite que o norte-americano Thomas Alva Edison introduza no País aparelhos e processos inventados por ele, destinados à utilização da eletricidade na iluminação pública. A primeira instalação de iluminação elétrica permanente foi inaugurada na Estação Central da Estrada de Ferro D. Pedro II, atual Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Em 1879, Dom Pedro II inaugurou o primeiro serviço de iluminação elétrica permanente do País, o da antiga estação da Corte, hoje chamada de Estação Dom Pedro II, na estrada de ferro Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Nela, segundo o artigo A energia elétrica no Brasil, foram instaladas seis lâmpadas de arco voltaico tipo Jablockhoff, que substituíram 46 bicos de gás. Depois dessas, em 1881, 16 outras lâmpadas foram instaladas no Campo da Aclamação, hoje Praça da República, também no Rio de Janeiro, com energia fornecida de um locomóvel com dois dínamos.
Em seguida, em 1883, a cidade de Campos dos Goytacazes, litoral norte fluminense, foi a primeira cidade sul-americana a receber iluminação elétrica pública. O imperador inaugurou neste município uma máquina térmica acionadora por três dínamos com potência de 52 kW, que era capaz de fornecer energia para 39 lâmpadas de duas mil velas cada. Considerando que a lâmpada elétrica foi inventada por Thomas Alva Edison em 1879, podemos perceber como o Brasil, de fato, era pioneiro na aplicação dessa tecnologia e seus experimentos eram contemporâneos aos dos demais países desenvolvedores de técnicas, equipamentos e conceitos relativos à eletricidade.

Frase da placa: "Em 1883 Campos era a primeira cidade da América Latina e a terceira do mundo a receber luz elétrica, este poste remanescente daquela época, é simbolo da grandeza da nossa história, perpetuada pelo tempo".


Mas a definição de padrões se fez mais importante só depois que a energia passou a ser gerada no País em usinas, que ampliavam a capacidade produtiva e potencializavam a distribuição. A primeira usina de geração hidrelétrica para uso privado também é de 1883. Ela, a Usina do Ribeirão do Inferno, aproveitava as águas do afluente do rio Jequitinhonha, localizado na cidade de Diamantina, em Minas Gerais.
Seis anos depois, em 1889, no ano da Proclamação da República, foi inaugurada a primeira hidrelétrica para serviço de utilidade pública também em Minas Gerais, mas, dessa vez, no município de Juiz de Fora.

A usina, chamada de Marmelos-Zero, foi instalada norio Paraibuna, próxima à estrada União-Indústria, que ligava a cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, a Juiz de Fora. Em Marmelos-Zero foram instalados dois geradores monofásicos de 125 kW cada, com tensão de 100 V e frequência de 60 Hz.
Com a instalação de usinas, a energia gerada no País passou a atender, gradativamente, a mais tipos de consumidores. A iluminação pública, os transportes públicos, o fornecimento para empresas e, por último, o atendimento a residências. Aos poucos, a energia elétrica foi se tornando parte da vida das pessoas, mas, para que o fornecimento
                                                                                 

Um comentário:

  1. Meu amigo Renatinho do Eldorado, fiz um documentário sobre a iluminação hidroelétrica de Marmelos em Juiz de Fora/MG o filme se chama "Hulha-branca" de minha autoria. Você pode assistir ao vídeo no blog: www.wawiltonaraujo.blogspot.com.br meu e-mail:wja40@hotmail.com
    Obs. Neste documentário criei cenas do século XIX para ilustrar os acontecimentos daquela época.

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